Editorial 20-08-2022

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Às aranhas

 

Acabou – terá acabado mesmo? – a novela JES, uma novela cujo conteúdo vai para além do imaginável.

Angola, o território africano mais disputado por russos e americanos, e os chineses, pela calada a tomarem a dianteira, é, dizem os entendidos, o país – tendo em conta a proporcionalidade das superfícies – mais rico do mundo. José Eduardo dos Santos governou-o, com mão de ferro, durante largo período. Muita gente enriqueceu, e as gentes, que poderiam ser todas milionárias, continuam na pobreza.

As filhas queriam que José Eduardo dos Santos fosse enterrado em Barcelona; o actual PR, em pleno período de eleições, conseguiu que a justiça catalã o recambiasse para Luanda.

Isabel dos Santos, uma felizarda no mundo dos negócios, vociferou mais ou menos isto: “O ódio dos homens falou mais forte: Arrancaram-te dos meus braços”.

É a vida. Depois de a malta do 25 barra quatro de setenta e quatro ter entregue o jovem país aos russos e seus aliados, estas coisa tinham de acontecer.

Segundo a imprensa que sabe tudo, diz-se que o Instituto-Geral das Finanças vai fazer "uma análise preliminar" ao pedido do Chega para investigar contratos entre Medina e Sérgio Figueiredo. Não sei bem para quê, por dois motivos: primeiro: quem se mete com o PS leva; segundo: em continuação de casos já acontecidos, estas coisas nunca chegam a ter um final, salvo se considerarmos o caixote do lixo um final.

Recorde-se, todavia, que a queixa a investigar se refere aos pagamentos feitos pela Câmara Municipal de Lisboa (CML), durante a presidência de Fernando Medina, a Sérgio Figueiredo, um amigo que Medina nomeou seu consultor com um vencimento superior ao de qualquer ministro.

É fartar vilanagem.

O [ainda] país à beira-mar plantado – e cada vez mais prantado – continua a arder: milhares e milhares de hectares de arvoredo consumiram-se nos incêndios da Estrela, a evidenciar, pelo menos, duas coisas: uma, que não são só os eucaliptos que ardem; outra: que, apesar das promessas constantes de Costa e da rapaziada que o rodeia – uns “promessas” – a “protecção civil” não tem meios, e, quiçá, nem competências para fazer frente às ignições que rebentaram por todo o país, com relevância no Centro.

Florestas, fábricas e habitações arderam por todo o lado.

E Costa? E Marcelo? Bem, este, ainda que a medo, lá vai dizendo duas ou três coisas sem sentido, que o povo não percebe mas de que gosta.

Além de estar a ficar sem florestas – fica com o lítio disponível – os incêndios desviaram as atenções do SNS, cada vez mais falido e desmoronado, mergulhado, tal como o país num perigoso lamaçal de areias movediças.

Nunca percebi, e não sei se alguma vez o conseguirei, perceber para que vai servir o Metrobus de superfície que vai acontecer – ainda duvido! – em Coimbra. Lá que o pusessem a funcionar par a Lousã, para a Mealhada, para Cantanhede e etc, tudo bem. Agora em Coimbra cidade… só para gerar controvérsia: como a dos plátanos ou da avenida Fernando Namora.

Enfim!

A Académica, o grande amor da minha vida, começou o campeonato a perder. Jogou benzinho, mas não marcou: a pecha da época passada. Mostrou, contudo, ter bom fio de jogo. Aconteçam dois pontas de lança de categoria e a subida ficará ao alcance, 

Imagem retirada da net

ZEQUE