Editorial 20-11-2021

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Em queda?

 

Os desastres acontecem a toda a gente, e como são as gentes que constroem ou destroem um país, não auguro bom futuro ao que ainda chamamos Portugal, arregimentado por uma casta de “famílias” que se alapou à governação, amordaçando e destruindo-o, não só em valores morais como também materiais, um ver se te avias, como dizia o povo.

Marcelo, para mim, é cada dia – para não dizer hora – que passa um novo enigma. Presentemente, depois dos casos de Tancos e da “Mafia dos Comandos”, como lhe chama alguma imprensa trauliteira, parece, ora catavento, bailar ao sabor dos ventos; ora “ausente”, perder-se em contradições, um “coitadinho”.

Ao Marcelo dos “selfies” preferia-lhe Américo Tomás; como Ti Celito, admirava-lhe o “atrevimento”; vê-lo vexado pelo ministro da Defesa, um menino bem de uma das “famílias”, isso é que não aceito.

Afinal quem é Marcelo? Um católico? Um mação engajado pelos regulamentos? Ou apenas a personagem fingida, vítima de amizades traiçoeiras?

Ao contrário, Costa, que parece ter assento cativo nas TVs em que aparece a toda a hora, um “ddt”, vai “manobrando” a seu bel-prazer a política nacional, preparando o bote final em Marcelo e na democracia indígena, Venezuela no horizonte.

Eleições à vista, os partidos fervilham, mas é no PAN que as coisas arrasam. É bem certo o ditado “Bem prega S. Tomás; olha para o que ele diz s não para o que ele faz”

Por Coimbra, aos edis eleitos ainda não se lhes pode pedir muito do prometido; por enquanto ainda estão a apalpar terreno, em tão mau estado o receberam. O metro, sem carris, é um enigma, para não dizer um disparate. Ou talvez não…

Com dor, falo da Académica. Não falo dos imberbes que dela se apoderaram, refiro-me à situação em que a puseram.

Como salvá-la, mais que da “descida”, do fim?

O país e a cidade, cada macaco no seu galho, têm uma palavra a dizer; ou várias e em vários tons.

Aguardemos os desfechos dos imbróglios em que órgãos de soberania estão metidos. Lá para as calendas gregas, suponho.

Arte: A Queda - René Magritte

ZEQUE