Editorial 21-08-2021

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                                                                                                                                    Vidas…

Vinte anos depois o terror volta ao Afeganistão.

O fim abrupto da missão internacional liderada pelos EUA no Afeganistão, foi assinado há mais de um ano no Catar.

Em fevereiro de 2020, Donald Trump enviou a Doha, no Catar, Zalmay Klalilzad, que se encontrou com Mullah Abdul Ghani Baradar, para, em conjunto, assinarem o chamado Acordo de Doha, que definia um cronograma para a retirada definitiva dos EUA e seus aliados após 20 anos de conflitos.

Baradar, que foi preso em 2010 no Paquistão, saiu em liberdade a pedido de Trump em 2018, altura em que voltou ao Afeganistão.

Sabia Trump, e Biden também, que, mal as tropas americanas e aliados deixassem o solo afegão, os talibãs regressariam em força e com a bênção de Pequim.

Aliás, segundo consta, os chineses estão prontos para negociar com Baradar.

A China e o Afeganistão são vizinhos, são regimes ditatoriais e, além disso, têm ainda em comum 76 Km de fronteira. Além disso, que não é de somenos importância, o Afeganistão controla um dos maiores depósitos mundiais de lítio, que, perdido para os americanos, os chineses terão todo o gosto em explorar…

Os direitos humanos, quer de um lado quer do outro, deixam muito a desejar: no entanto, o extremismo afegão consegue superar em muito o dos os comunistas chineses.

Na China a mulher continua a ser preterida em relação ao homem. Não há mulheres no governo, no partido e nem em cargos de grande relevância.

No Afeganistão, e com os talibãs no poder, a mulher volta a perder TUDO o que foi alcançado anteriormente, e sem ter quem quer que seja que a defenda. As meninas e as mulheres passam a ser propriedade dos “homens”.

Como será o futuro daquele povo?

O tempo o dirá!

Voltando à China, donde vem tudo o que não presta, há algo que me intriga: o famigerado Covid 19, com que os chineses nos presentearam. É um vírus demasiado selectivo: mata os velhos, atacou a Europa, os EUA e em força.

Se…era a intenção?

O tempo o dirá!

E neste cantinho à beira-mar plantado, uns quantos negacionistas decidiram, de cara tapada, chamar “assassino” ao Vice-Almirante Gouveia e Melo, que, sem medo e de cara destapada os enfrentou dizendo: - “o obscurantismo no século XXI continua”.

Como vamos sair deste presente que os chineses nos deram?

O tempo também o dirá!

E, como não podia deixar de ser, Coimbra, a minha Coimbra, que eu amo com todas as minhas forças.

A Universidade continua a ser cotada nos rankings internacionais como a melhor de Portugal.

Há empresas particulares a apostarem forte na minha cidade e com produtos de muita categoria, como é o caso do Pharmacia Guest Hotel, que abriu portas na antiga farmácia Nazareth, na Rua Ferreira Borges e Zero Box Lodge na antiga Garagem Santa Cruz, situado na Avenida Navarro

Quanto ao resto, o marasmo está instalado. Vamos esperar por setembro e ver o que vai acontecer…

E o tempo o dirá!

Na Académica há um “bloqueio” cada vez maior, entre a Direcção, os sócios e a cidade.

E também aqui o tempo o dirá.

 

Na foto o enviado dos EUA, Zalmay Khalilzad, e o líder talibã, Mullah Abdul Ghani Baradar, na assinatura do Acordo de Doha — Foto: Getty Images via BBC – retirado da net

Maria Leonor Correia

 

 

 

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