Editorial 21/02/2025

EDITORIAL 21 2 2025

MAU OU MENOS MAU?

À porta de O Ponney já bateu um representante de uma instituição a perguntar quem nos deu uma dada informação. A questão não era para desmentir a informação sobre um problema (que tinha graves consequências para a comunidade). A preocupação do representante, da tal instituição, também não era a de resolver o problema, mas apenas o de tentar saber quem tinha dado a informação que usámos para alertar que existe mesmo um grave problema. É exatamente contra este tipo de atitude que O Ponney se insurge.

Não podemos compactuar com quem anda à caça das pessoas com coragem para denunciar os problemas que a todos nos afeta. O Ponney, sob minha direção, vai no sentido exatamente oposto. O poder tem que ser transparente por uma questão de vivência democrática e para uma maior adesão dos cidadãos à comunidade. Desconsiderar a opinião dos governados é o primeiro passo para a conquista da tirania.

Castelão de Almeida, fundador de O Ponney, sempre se insurgiu contra a tirania e contra os jornais de Coimbra por não darem notícias, mas apenas serem panfletos, mal feitos, do poder. Ontem, tal como hoje, o poder dá-nos a escolher entre o mau e o menos mau para que seja legitimado o “menos mau”. Mas será mesmo o “menos mau” que nos interessa?

É isso que os conimbricenses querem? Será que desejam que Coimbra, cidade que prepara há mais séculos os quadros nacionais, opte pelo “menos mau”?

Está manifesto, pelo conhecimento universal e pelas suas práticas, que Coimbra não se pode resignar ao “menos mau”, pois deseja a excelência. É este o espírito, como conjunto das faculdades intelectuais, de Coimbra: o de não se resignar ao “menos mau”. Abominamos o que não exige excelência e por isso, como conimbricenses, devemos exigir que a nossa capital de Distrito se erga das cinzas do “menos mau” ou do “possível” qual Fénix. Sejamos corajosos para exigir o melhor!

Nesta senda de jornal que já incomodou o poder, com tiques de tirania, prosseguimos o caminho. Apresentando o artigo «A DÉCIMA SÉTIMA AÇÃO PARA COIMBRA» onde denunciamos a promessa não cumprida.

« SUSTENTABILIDADE, MAS A QUE PREÇO?» é outro artigo onde levamos o leitor a uma reflexão. Iremos dar continuidade na recolha de mais informação sobre este assunto.

Claro que na defesa da Democracia há uma das armas mais potentes que é o humor. Não há nenhum tirano que goste do humor e porque será? O artigo «RIR DEFENDE A DEMOCRACIA!» apresenta um caso humorístico, sem piada, a nível nacional.

Retomamos a pergunta que dá título a este texto editorial « MAU OU MENOS MAU?» para resumir o que vão encontrar no artigo «CANDIDATOS MUITO POLÉMICOS PARA COIMBRA». Dos candidatos conhecidos às Autárquicas de 2025, damos algumas informações e voltamos à mesma questão: vamos exigir excelência ou resignamos-nos ao “menos mau”?

Terminamos os nossos artigos de destaque com «AAC EXIGE JUSTIÇA AO GOVERNO». Esta é uma ação dos estudantes, na voz da AAC, a reclamar justiça - considero um exemplo de pedido de excelência. É um bom principio por parte dos estudantes da UC que já soa aos sinos a rebate.

Orgulho de Coimbra quando sabemos desta boa nova: «EQUIPAS DO CENTRO COM PÓDIOS NA IX TONECA ACRO CUP».

Da nossa colaboradora Marlene Assis, publicamos o artigo «COIMBRA NA BERRA!» onde está analisado “fora de muros” o governo do município de Coimbra.

Para acalmar os ânimos, Manuela Jones, traz-nos os ardinas e dá umas pinceladas sobre o grande amigo de O Ponney, sem esquecer o seu Doutoramento Humoris Causa, o nosso saudoso Taxeira.

Terminamos, os artigos de opinião, com o texto belíssimo da nossa sempre amiga fiel de O Ponney, Rosário Portugal, que nos traz «A CULPA É DO MORDOMO OU DA SECRETÁRIA?» devemos ler com atenção. Muita coisa se diz neste artigo.

Continuem a explorar o nosso jornal e desejamos que tenha um excelente fim de semana.

José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney