Editorial 23-10-2021

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Cai ou não cai?

 

Apetecia-me dizer que o teatro que o ministro da propaganda do governo, que acumula com o de primeiro-ministro. anda a fazer, brada aos céus.

Não é que o sorriso da pessoa não seja encantador – e por isso deixa em brasa os papalvos – mas escusava de ser tão inócuo e repetitivo.

O país, e não me canso de chamar a atenção para isso, está numa crise profunda, sejam quais forem os ângulos por que se observe. E Costa, continua, de manhãzinha à noite avançada, a brindar os portugueses com enganos e teatralidades.

O modo como aborda o OE 2022, parece-me ser mais masoquista que sádico; ou talvez seja as duas coisas.  As contas entre o PS, o BE e o PCP já estão mais que acertadas, mas, que diabo, há que fazer render o peixe, “reorganizar” a geringonça como sugere a menina Catrina.

 

Depois de António Saraiva dizer que para garantir a estabilidade política e social "não vale tudo", muito menos "desonestidade negocial" e “desrespeito”, as quatro confederações patronais suspenderam a sua participação nas reuniões da Concertação Social e decidiram solicitar uma audiência ao Presidente da República, perante a “desconsideração” do Governo pelos parceiros sociais.

Ainda que o país continue a empobrecer, o que Marcelo – o Ti Celito – quer é paz. Sabendo de antemão – ou julgando saber que a aprovação está mais que garantida, o presidente do país da brincadeira – ou da bandalheira? – continua a avisar quanto às consequências de um eventual chumbo do orçamento, afirmando que o “bom senso aponta para que não haja crise política em Portugal. Só que… as coisas não serão assim tão fáceis, porque os ministros de Costa, ou alguns deles, sabem que a fome pode aparecer de um momento para o outro, pois o país que ainda se chama Portugal está em risco máximo de abastecimento de cereais.

No partido da oposição, ou que o deveria ser, Rio e Rangel digladiam-se. Costa sorri mas talvez a castanha lhe estale na boca: Rio não vai querer ser Passos. Quem as fizer que as desmanche.

Em Coimbra, o novo elenco camarário teve aquilo que poderia ser uma boa notícia: a nova Maternidade vai ser uma realidade em breve. Palavra dada é palavra honrada; Costa deu-a, mas ninguém acredita nela, e o local escolhido, no meu entender, péssimo.

O “metrobus” – uns autocarros eléctricos - continua adiado para as calendas gregas. Vamos ver a força da edilidade para o pôr em andamento rapidamente.

Fruto da vaidade e da inveja de uns tantos, a Académica, que foi a menina querida da cidade, está em queda livre. Se não houver um “levantamento”, o seu fim pode ocorrer esta época.

Longe vá o agoiro!

ZEQUE