Editorial 24/05/2024

EDITORIAL 24.05 2024

SAIR DA CASCA

A expressão é conhecida e não vem nos cantos da Ilíada. Nem retrata os anciãos de Troia, mas promove uma guerra onde o desfecho é apenas o da libertação. A expressão “sair da casca” é esse ponto de “ excludunt ab ovo” o de que se está preparado para enfrentar o mundo. Ou, num outro significado, o de se ser inconformista; ou rebelde; ou, de um jeito mais ao gosto de santo António (também ele estudante de Coimbra) o de se ser malandro.

Qualquer uma das interpretações ou de significados de adjetivos serve perfeitamente para a Serenata Monumental feita, ontem quinta-feira no dia 23 de Maio deste ano da Graça, à revelia de uma “Segurança” castradora à Liberdade e á Democracia e manifestamente contra uma putativa “Lei” tão oposta à Justiça. Esta ação inconformista, dos jovens estudantes, que foram com a cara e a coragem enfrentar e cortar a raiz de uma certa planta tirânica que ameaça crescer tornou maior o significado da Serenata Monumental de Coimbra.

O Ponney aplaude de pé estes jovens que enfrentaram, com coragem e educação, o abuso de poder das Autoridades. Os estudantes da Universidade de Coimbra excludunt ab ovo e mostraram que estavam mais unidos do que faziam crer os submissos às regras da putativa lei. Quem compactua com o deixar fazer e o deixar passar a tirania engoliu em seco. Os anciãos da Lusa Atenas, como eu, podem dormir descansados que a Democracia e a Liberdade está bem entregue.

Por isso este artigo no O Ponney «SERENATA SÓ HÁ UMA» e essa é feita respeitando os valores da Democracia e da Liberdade. Os nossos aplausos, mais uma vez.

Se de tiranias falamos e da sua constante luta pela Democracia não podemos deixar de falar de desmascarar a «FACE REVELADA DO CHEGA» onde o seu líder, André Ventura, escolheu estar ao lado de quem, com falas mansas, branqueia as SS nazis na Europa.

Se falamos de extremismos também não podemos esquecer uma outra guerreira pela Liberdade que enfrenta os extremismos de Esquerda. Estes muito menos falados como extremismos. Desta vez o ódio que o governo comunista demonstra para quem deseja a Liberdade e a Democracia. O que levou à prisão da corajosa jornalista chinesa Zhang Zhan que também saiu da casca e que lhe custou 4 anos de prisão de uma das maiores ditaduras deste século XXI e que foi libertada esta semana, mas ainda com os cães da segurança atrás dela. Explicamos o que sabemos no artigo «LIBERTEM A CHINA DO EXTREMISMO POLÍTICO» Muitas outras pessoas que enfrentam a ditadura chinesa estão presas. O Estado português que se afirma contra extremismos ainda não tem coragem de boicotar o comércio com a China. Talvez um dia tenham a coragem dos estudantes de Coimbra e excludunt ab ovo.

Na discussão sobre que Europa queremos. Trazemos o artigo «“EMPRESÁRIOS DO CLIMA” ATRÁS DE DINHEIRO DA UE» onde denunciamos o processo de entrar na carteira da UE para “sacar umas massas” em nome da defesa do Ambiente. É necessário que cada um saiba o que se passa na Europa para podermos votar em consciência.

Na linha da Europa e das eleições que se aproximam entrevistámos um dos candidatos por Coimbra ao parlamento europeu. Um candidato que é amigo de O Ponney e meu amigo pessoal, mas que traz uma mensagem diferente dos candidatos que estamos habituados a ver na televisão. Sancho Antunes é uma figura de Coimbra que se destacou, não por ser candidato político, mas por que tem um historial na defesa dos motoristas dos SMTUC e da comunidade distrital de Coimbra. Entre Soure e Coimbra, Sancho luta com as armas do povo. Não é licenciado e muito menos doutorado, mas o seu curriculum está na defesa do bem da comunidade, antes de se candidatar. É assim que um político deve ser: primeiro o trabalho prático na defesa das pessoas, pagando o preço de ser ostracizado, ameaçado e de tentarem impedirem a sua carreira e só depois de fazer o caminho de sal, suor e lágrimas é que se candidata. Mais fácil é criar a sua carreia, preocupando-se apenas com o seu próprio umbigo e só depois aparecer como candidato - é esse o percurso dos candidatos concorrentes de Sancho Antunes.
Sim, fiz a entrevista a um amigo candidato, que passou a ser meu amigo por que nos encontrámos nas mesmas lutas. A amizade veio depois das lutas contra o abuso de poder em relação a quem está na base social. Meio a brincar, meio a sério, digo que serei eu Quixote, pela minha Dulcineia que é o Movimento de Humor, mesmo que me achem a lutar contra moinhos, e Sancho, representando Sancho, com uma visão mais terra-a-terra, mas que acompanha sempre o amigo Quixote. Ainda que às vezes Sancho entenda que há ideais que não valem a pena pagar preço tão alto e se furte a uma certa “loucura” própria de Dom Quixote, homem que defende os valores da cavalaria, sendo intransigente em relação às regras da cavalaria. O artigo «O QUE DEFENDE O CABEÇA DE LISTA ÀS EUROPEIAS PELA NOVA DIREITA» revela parte do Sancho que vai com a cara e a coragem para estas eleições por Coimbra. Não é pelo Distrito que Sancho luta, é pelas pessoas e só por isso talvez mereça o nosso voto de confiança.

Por tudo isto e por muito mais vale a pena ler a polifonia das vozes expressas na nossa secção de Opinião. António Pinhas lembra-nos que de «VOCÊ É ÚNICO» servindo de tranpolim para explicar um outro assunto sobre a Europa que vale reflexão. O meu amigo António Pinhas é homem amigo de anjos e por isso tem permissão para criar polémicas contra o demo disfarçado.

Já Manuela Jones encara os próprios anjos. Consta-me que tem o número de telemóvel de Deus e que, de quando em quando, tem enormes conversas com o Senhor do Universo. Não para falar das coisas banais da Ciência ou da Filosofia que é apenas assunto para os mortais, mas conversam sobre assuntos mais importantes, tanto para Manuela como para Deus, que são os assuntos do coração. Não do músculo que bombeia o sangue, mas do outro, do que compreende a humanidade e perdoa os erros como os bons professores compreendem a falta da lição estudada. Segundo me consta, por vizinha próxima e testemunha destas longas conversas, Deus só não vê com bons olhos quando Manuela dispara com a caçadeira contra as ratazanas. “Matar é só para quem sabe voltar a dar a vida!” grita-lhe Deus, mas perdoa Manuela Jones na razão de ainda estar vestida de humana.

Muitos outros artigos para lerem no nosso jornal.

Bom fim de semana e boas leituras;
José Augusto Gomes
Diretor do jornal digital O Ponney