Editorial 25/08/2023
SOL, CORES, TATUAGENS E REFLEXÃO
Como é de esperar o calor do mês de Augusto continua a imperar em pleno Verão de Agosto. O mar chama em coro com as bebidas frescas e as sombras reconfortantes. É tempo do sol, do sal na pele e dos corpos bronzeados ou das peles vermelhas que testemunham os escaldões.
Foi o que me aconteceu. Enquanto lia descuidadamente um livro comprado na Feira do Livro da Figueira da Foz, o sol foi-me fazendo uns desenhos na pele do tronco provando a capacidade artística de Hélios. O que tem alguma piada, porque sempre torci o nariz às tatuagens e agora o deus do sol desenhou-me em vermelho uns belos desenhos no tronco.
Como a boa disposição acompanha o mês de Augusto o senhor presidente da Câmara de Coimbra resolveu fazer mais uma piada sem saber que era o protagonista e que nós contamos no artigo «CLARO QUE SIM!».
Aproveita-se o tempo, onde estamos com imenso calor e pouca paciência para pensarmos, para os políticos fazerem passar a sua demagogia em cartazes e declarações à imprensa. Ora é o que trata o artigo «DEMAGOGIA CONTRA A BANCA PRIVADA?» onde questionamos os verdadeiros responsáveis pelos juros que a banca nos exige.
Também em pleno calor, onde se destacam as cores mais vibrantes, é exibido um filme demasiado publicitado em tons de rosa e azul o que provoca, a metade da população, um enorme sufoco e a outra metade um absoluto delírio. Falamos do filme Barbie. Mas é de um outro filme que abordamos no nosso artigo - onde as cores são ainda menos agradáveis e muito mais escuras apesar de muitos elementos em comum com tons de louro e por isso desafiamos a ler o artigo « UM OUTRO FILME».
De desafios em desafios o que não queremos repetir é o desafio que nos colocou a pandemia do Covid-19. Longe vai este período sem sol, mas não podemos esquecer a exigência para que não se voltem a repetir as mortes, o medo, o afastamento de pessoas, enfim o terror! Por isso levantamos a questão no nosso artigo «CHINA NÃO PAGA INDEMNIZAÇÃO MUNDIAL?». Por muito que custe, a cada um de nós, voltar a olhar a cicatriz que cada um tem, temos que refletir e exigir. Só assim a democracia funciona só assim caminhamos no sentido do todo.
Neste registo de questionarmos, voltamos a Coimbra e questionamos o que está a ser feito para que a cidade universitária seja mais amiga do ambiente. Por isso questionamos no nosso artigo «TRANSPARÊNCIA PÚBLICA NA GESTÃO DOS SMTUC?» a falta de transparência dos transportes públicos de Coimbra.
Com tantas questões, vale ler o que escreveu a observadora pena de António Castelo Branco que nos desafia com humor «VISTE OU CONTARAM-TE?. Faz-nos pensar no que naturalmente nos sai em palavras.
Nesta edição temos, também, a honra da escrita de Rosa Maria, uma inquestionável especialista em questões internacionais, que nos traz um artigo sobre a questão russa com o artigo de opinião «É MUITO “PRIGOZHIN” PARA PUTIN!». Vale a pena pensar neste assunto.
No nosso espaço de opinião temos o artigo da nossa amiga e atenta redatora Rosário Portugal com «PRECISAMOS DE TODOS!» para explicar o que se anda a passar com o afastamento dos portugueses em relação à política portuguesa.
Manuela Jones traz um artigo leve e muito bem disposto onde conta na primeira pessoa uma «AVENTURA NO CONVENTO DE SANTA CLARA-A-VELHA» que nos faz refletir e pensar entre o passado distante, o passado próximo e o presente que nos faz doer os pés por tanta aventura.
Adriano Ferreira, estimado porta-voz da APAEME e nosso colaborador residente, traz-nos pinceladas sobre Penacova na sua visão que aponta a força dos vários concelhos para uma área metropolitana.
E entre o internacional e o regional acabamos por ter o mesmo ponto em comum: a reflexão.
Aproveitem o sol, mas que a leitura não vos deixe Hélios desenhar tatuagens nos vossos corpos.
José Augusto Gomes
Diretor do jornal O Ponney