Editorial 27-11-2021

Há nuvens

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Há nuvens para lá do horizonte!

 

Há nuvens cada vez mais carregadas e prontas a descarregar grande quantidade de incertezas.

Será que iremos ter um Natal em família e um Ano Novo com passagem festiva?

Será que a terceira dose da vacina contra o Covid 19 vai resolver alguma coisa?

 

Há nuvens prestes a descarregar cargas eléctricas no que toca aos lobbies e à corrupção instalada no futebol português. Todos os dias “há nuvens” que abrem a caixa de Pandora…

 

Há nuvens de todas as espécies e tamanhos nos partidos políticos. Algumas com aquela cor de tempestade iminente.

 

Há também nuvens bonitas e que nos transmitem beleza. São aquelas nuvens que nos dão esperança no amanhã; são os nossos jovens, ignorados, repartidos por diversos meios académicos, e não só, que lutam nas pesquisas científicas e outras na conquista de melhores meios em prol da sociedade.

 

Há nuvens de catástrofe na Académica. São sombrias, e, quando rebentarem, não sei se a Académica, a minha BRIOSA, ainda existirá….

 

Há nuvens ainda por decifrar no que toca ao novo executivo da Câmara Municipal de Coimbra.

Espero sinceramente que sejam nuvens de fumo branco.

 

Como escreveu Fernando Pessoa,

 

“Há nuvens…

 

Como nuvens pelo céu


Passam os sonhos por mim.


Nenhum dos sonhos é meu
Embora eu os sonhe assim.
São coisas no alto que são
Enquanto a vista as conhece,
Depois são sombras que vão
Pelo campo que arrefece.

Símbolos? Sonhos? Quem torna
Meu coração ao que foi?
Que dor de mim me transtorna?
Que coisa inútil me dói?”

(Imagem - Nuvens raras - retirado da net)

Maria Leonor Correia