Editorial 30-07-2022

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Calores 

 

A pedir socorro, já ninguém grita aqui d’el rei nem nada semelhante. Vive-se abulicamente sem disparar nem disparatar. Vegeta-se.

Corre por aí um calor dos diabos, uma caloraça de se lhe tirar o chapéu. Choram uns, riem outros; sedada – ou ensimesmada - a maioria olha o que se passa à sua volta como se fosse vazio, cala a desgraça que ainda não percebeu.

Há meses, Costa, de peito inchado e voz fanfarrona, encarava os possíveis incêndios como uma brincadeira de crianças que os bombeiros apagariam com a facilidade com que se limpa o rabo aos meninos bem educadinhos.

FALHOU. Como falha em tudo o que sofisma: os incêndios destruíram mais uma boa parte das matas da pobre nação em que aldrabecos pululam e destroem tudo o que vale.

E Costa riu, depois pôs cara séria, depois de poucos amigos, e, por fim, falando por falar sem saber o que estava a dizer, enfiou a viola no saco e recolheu a penates.

A grande “bandeira” de Marcelo e Costa – e da Tremidinha afoita -, o SNS. está a estalar pelas costuras, a dar o berro: é a falta de médicos, hospitais falidos, e, pior que tudo, ninguém nele se entende.

Um gozo, não fosse a terrível realidade de quem mais precisa dos seus serviços de apoios, o povo que conta cada vez mais os tostõezitos, que já nem para comer lhe chegam quanto mais para o resto.

E a bandalheira parece não ter fim. Senão, repare-se no dono do governo – Costa é apenas o ministro da propaganda – o Pedro dos Cantos – a estoirar com a TAP, que tem como sua, e, dentro em pouco, a enxamear a CP de ferro velho obsoleto adquirido no estrangeiro.

Negociatas.

E, para completar o ramo, Marcelo – o das “selfies” umas vezes; outras, o Ti Celito – em vez de fazer a sua “mea culpa” lá vai sacudindo a água do capote para apagar uns certos “incêndios” em que colaborou, não sei se propositada se inadvertidamente.  Mostra-se, contudo e também, muito preocupado com o SNS. Eu, no lugar dele, preocupava-me mais com a própria saúde: a Nacional já não tem remédio; a dele, se não cuidada de imediato – se ainda for a tempo – pode atirá-lo para uma daquelas clínicas em que dantes se usavam coletes de força.

Divertida e advertida está a AR: Ventura chega para todos e para mais chegaria se mais houvera. Dá para rir mas, mais ainda, para pensar…

O governo está de cofres cheios. O excesso de euros dos impostos que a inesperada e brutal inflação lhe proporcionou, e os muitos milhões de milhões de euros da bazuca põem sorrisos e risos na cara deslavada do ministro das finanças. Até quando? É que os portugueses quase já não podem adquirir os bens de primeira necessidade. E quando a fome aperta… lá vem possa!

Quem se mete com o PS leva, dizia em vida um ex-ministro do clube de Sócrates e Costa. Que o digam, agora, porque o estão a sentir na pele, José Manuel Silva e Carlos Moedas: ao primeiro, levantaram boatos sobre a sua honestidade à frente da ordem dos médicos; ao segundo, “boicotaram-lhe” os pagamentos aos funcionários neste mês de Julho que depois de amanhã dará a alma ao criador para dar lugar a um Agosto que se perspectiva cheio de incidentes e acidentes de escaldar.

As coisas são como são e não como parecem. O Bazófias, depois de longa ausência, já navega de novo no Mondego. Pena a muralha ao longo do Parque da Cidade – não digo dr. Manuel Braga para não o envergonhar - que não deixa ver aos navegantes a “maravilhosa” obra prima em que uns bons milhões de euros o “transformaram”.

Que vergonha. Ou vergonhas!

Sem golos não há vitórias. E, dos jogos particulares, parece deduzir-se que a Académica está enferma. A ver vamos como se vai portar no campeonato. Eu ACREDITO na subida.

 

ZEQUE