Editorial 30-04-2022

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(G)ORGULHO LUSITANO

 

Eu não queria falar mais de Putin, tal o asco que essa personagem misteriosa que congrega em si, ampliados, os desatinos de Estaline e Hitler, faz perpassar pelos que se atrevem a tentar interpretar os fins que o movem.

Soberbo e prepotente, sentir-se-á – ou não? – um deus desejoso de fazer história, uma história louca de bombas atómicas que, pensa ele, acabará com o mundo, excepção feita à Rússia, como se tal fosse possível.

O que ele está a fazer às gentes da Ucrânia é duma insensatez e crueldade sem limites, ao mesmo tempo que o resto da europa e a Nato se encolhem.

Entretanto, um português, António Guterres, falhado político no seu país, resolveu – ou mandaram-no resolver – ir ao beija-mão a Moscovo. E disse, mais ou menos assim: 

"Eu vim a Moscovo como um mensageiro da paz”,. E Putin, no encontro que durou cerca de duas horas de conversa fiada, sorriu, riu e ameaçou. E, dias depois, mandou-lhe uma resposta assertiva: mandou bombardear Kiev, precisamente quando o Secretário Geral da ONU dormia uma boa soneca num hotel. Na verdade, Guterres sempre dormiu muito, mas desta vez acordou a borrar-se todo.

Sócrates teria feito melhor figura. E Costa, a cheirar um tacho na EU, ainda mais.

Por cá, neste cantinho à beira-mar plantado, o SEF – ainda vivo - decidiu suspender os pedidos de colaboração a pessoas ligadas à Associação dos Emigrantes de Leste (Edintsvo), após suspeitas de que refugiados ucranianos estão a ser recebidos em Setúbal por russos pró-Putin.

Bom seria, também, que as mesmas medidas fossem tomadas em relação a Madina, um dos bufos de Putin, que os tem por tudo o que é sítio.

 

Marcelo encanta-me cada vez mais. Condecorar, ainda que a postumamente, Vasco Gonçalves e Rosa Coutinho, só podia vir da sua tola brilhante (carregada de brilhantina). Enfim, é o que temos, e quem dá o que tem a mais não é obrigado. Ou até talvez seja. Porquê, é assunto que me apoquenta.

E viva Coimbra. A edilidade parece não marchar, mas “marcha”, saltitando os “buracos”

que os antecessores lhe deixaram.

Choro pela ACADÉMICA-OAF, pelo seu triste fim à vista. Ao invés, alguém ri.

Eu avisei.

ZEQUE

Nota: “Caralho” não é palavrão: foi local indesejado pelos marinheiros de água salgada; hoje é instrumento necessário. (Honi soit qui mal y pense). Disse-mo um miúdo de dez anos.