2024 COIMBRA CLUSTER SPACE - VERSATILIZADA - 2001 A SPACE ODYSSEY - PARTE DO MEIO
Na passada quinta-feira, dia 5 de dezembro do ainda corrente ano 2024, presenciei como membro e conselheiro mais uma reunião de Conselho Estratégico Municipal para o Desenvolvimento de Coimbra, e desta feita, no Instituto Pedro Nunes (Vale das Flores), onde foram apresentados os 28 anos de 'incubação', que traduzidos deram à luz mais de sete mil empregos altamente qualificados e, por sua vez, o 'business accelarator' a valorizar os 189% 'average growth employees', também no âmbito das "Space Technologies" vs. "Digital Innovation Hub for Artificial Intelligence and High Performance Computing", cujo estuário se redimensiona através da "ESA SPACE SOLUTIONS PORTUGAL" com três programas super-eficientes: ESA BIC Portugal / Technology: Brokers / Ambassador Platform. Só para ficarmos mais esclarecidos, a SPACE INCUBATOR do IPN é um edifício de dimensões bastante tentadoras e a conjugar-se a 'ESA Spark Funding Portugal' (companies supported) 36 empresas até à precisa data desta reunião, no âmbito da "ESA 20 YEARS BUSINESS INCUBATION CENTRE"... e eis que chegámos ao "Empreendedorismo 5.0" com a fábrica 'OpenCOSMOS' a operar dentro em breve por cima do Anfiteatro 'A' deste Edifício "A" (onde decorre esta reunião) do já declarado "Instituto Pedro Nunes", e para quê?! Aqui irão se fabricar, nada mais nada menos do que, componentes eletrónicas para satélites artificiais da ESA ...
Entretanto, neste preciso dia de 5 de dezembro, enquanto decorria esta reunião de Conselho, a agência espacial europeia "ESA" lançava dois satélites, desenvolvidos para criar eclipses solares artificiais, no sentido de se estudar melhor a 'coroa solar' (lançados a bordo do foguete indiano PSLV-XL, a partir do Centro Espacial 'Satish Dhawan, no sul da Índia). Como é do nosso conhecimento, a Coroa Solar é influenciadora do 'clima espacial' e, até que ponto eventos destes em situações extremas podem afetar o nosso planeta, sendo a camada mais externa da 'atmosfera solar' (fina e composta de plasma), que só era visível durante os eclipses solares à escala terrestre, agora passará a ser uma observação contínua... por outras palavras, enquanto um satélite bloqueia a luz, já o outro recolhe informações da 'coroa solar'. Nesta missão, designada "Proba - 3" (Project for On-Board Autonomy 3) estes satélites voarão juntos, como se fossem apenas um, mantendo uma formação precisa, com apenas uma margem de erro de um milímetro, em que um projetará a sua sombra noutro. Por outro lado, um bloqueará o 'disco de fogo' do Sol, para assim, o outro poder realizar observações prolongadas da 'coroa solar'. Sendo assim, equipado com um escudo de 1,40 metros de diâmetro, o primeiro satélite, que distará do outro 144 metros, desempenhará o papel da nossa 'Lua', ou seja, escondendo o Sol... enquanto isso, o segundo satélite levará o coronógrafo ASPIICS para observar e recolher dados da 'coroa solar', para ser mais preciso, nesta sombra simplesmente criada para o efeito. Deverão completar uma órbita elíptica em torno da Terra em apenas 19,7 horas, atingindo uma altitude até 60 mil quilómetros, podendo produzir 50 eclipses solares artificiais por ano e cada um com a duração de seis horas... no entanto, esta missão estará operacional a partir de março do ano que vem, 2025, quando serão esperadas as primeiras imagens e complementará as observações das sondas 'Solar Orbiter' e 'Parker Solar Probe' da NASA.
Posto isto, há vinte e três anos decorria uma missão visionária a Júpiter, dezoito meses depois da AMT-1 (Anomalia Magnética Tycho Um) que ocorrera no nosso satélite natural... era um presságio, a nave terrestre 'Discovery One' estava na encruzilhada de Júpiter. A bordo encontravam-se o Dr. David Bowman e o Dr. Frank Poole e outros três cientistas em hibernação criogénica... HAL 9000, o computador que comandava a maioria das operações, como tão bem a sua inteligência artificial permitiria questionar David sobre o 'secretismo' em jeito de 'guerra fria latente' desta missão, reportando uma presumível falha no dispositivo que controlava a antena principal desta nave. E chegar-se-ia ao problema dentro dum 'casulo de atividade extraveicular'... no entanto, a inteligência artificial de HAL, permitia-lhe em jeito 'emocional' insistir que o problema, como todos os outros com a sua série de fabricação, derivavam de "erro humano", no entanto este fabrico terá confiabilidade perfeita!! E eis que atingimos a 'catarse' do pensamento racional humano, quando Bowman e Poole entram num dos casulos ou habitáculos para conversarem sem que Hal os possa ouvir, concordando ambos em desativar o referido computador, se este estiver errado! Mas, Hal executa a leitura dos lábios deles em conversação, através da 'janela' que constitui o referido casulo... e chegámos à distância encurtada, mesmo que seja enclausurada, entre a máquina e o Homem. Uma dialética de 'tempos' e 'contratempos'... entretanto, Bowman tenta resgatar Poole, porque o seu cabo canalizador de oxigénio fora cortado por Hal... e mais um momento, este dá como encerrado as funções vitais dos tripulantes em 'animação suspensa'... por outro lado, quando Bowman retorna à nave com o corpo de Poole, Hal recusa-se a deixá-lo entrar, autodefendendo-se duma possível desactivação, que poria em risco toda aquela missão. E eis a questão que se levanta: o Homem ou a Máquina 'AI'?!! Mas, Bowman conseguira abrir manualmente a 'trava' de emergência, conseguindo entrar, indo até ao núcleo da memória de HAL 9000, com a intenção derradeira de desconetar este computador 'pensador'... apela-se à emocionalidade do computador, como vitima das mãos humanas tendencialmente pecaminosas!! HAL denota medo já de voz mortiça... já o referido astronauta vai desconetando cada módulo que compõe Hal... já num último suspiro, esta máquina transfigurada de 'humana sensata' canta para Bowman "Daisy Bell"... de seguida, um vídeo pré-gravado por Dr. Floyd é despoletado em jeito de esclarecimento de tudo o que se passa... Nele, ele revela a existência de dois monólitos, um na Lua e outro em Júpiter, após uma emissão de 'rádio' direcionada ao maior planeta do sistema solar...
No ido ano de 1968, para lá de Júpiter seria o Infinito?!! Em 1991, este filme "2001: A Space Odyssey" foi considerado digno de ser preservado no National Film Registry, uma seleção de filmes escolhidos a dedo pela National Film Preservation Board, para preservação na Biblioteca do Congresso dos Estados Unidos da América, país que terá sido descoberto por intra-terrestres vindos de outro território mais avançado à época. Terá sido essa a reação 'pura' dos "Pele Vermelha" à chegada destes invasores?!!
Até ao desfecho em narrativa aberta deste imperioso filme!!
Adriano Ferreira - Associado da Associação de Astronomia Amadora "Alpha Centauri"