Cinema

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Não percebo muito de cinema, a alinhar com o meu entendimento genérico das coisas. Tenho os meus realizadores fetiches, os filmes que me tocam, os que me entretém, mas é raro achar um filme que considere memorável.

O ganhador de todos os óscares, em todo o lado em todas as categorias, não é um filme que me fique na memória. É um filme interessante, mas isso é porque eu, no meu multiverso, imagino a conversa entre os dois pais da coisa: uma fuga constante aos lugares comuns, sem que a opção de saída seja ela mesma, um cliché.

Claro que, com o meu gosto construido em cima de Greenaway, Neil Jordan, Monthy Phyton, Tarentino, Allen, Lynch e muitos mais uns quantos rapazes e raparigas que apreciam a dissonância, vi com interesse o vórtice niilista multidimensional que se ia apresentando por capítulos simultâneos, sempre a piscar o olho ao vulgar, sem nunca de deixar agarrar.

Essa opinião é extensível a jamie lee curtis, para mim, Wanda. Esteve muito bem, é me simpática e agradável, mas às tantas, sinto este óscar como recompensa a alguém que é muitaquerido, não alguém que tenha tido uma interpretação de uma vida.

Felizes as cenas rolling stones e a visão "humanista" do amor homossexual, sem o histrionismo com que muitas vezes o vemos retratado.

Para isso bastou os mecanismos de introdução corporal indutores de saltos interdimensionais.

Francisco José Dias Lopes