IDENTIDADE DE GÉNERO: ENTRE ORNITORRINCOS E MICRO-ONDAS, O PAÍS VAI DE VENTO EM POPA!

SANCHO38

 

Ah, a nova moda da diversidade de género, esse desfile de carnaval onde toda a gente quer vestir a sua fantasia preferida. Antigamente, a vida era simples: “nascias rapaz ou rapariga, ponto final.”

Segue a marcha e vai estudar porque o teu futuro depende disso. Mas não, hoje em dia isso é demasiado básico. Agora, temos pessoas que acordam de manhã, olham para o espelho e pensam: “Hmm, hoje estou a sentir-me mais… ornitorrinco”. Porque, claro, identificar-se com um mamífero que põe ovos é uma questão de direitos humanos. Próxima paragem? Que tal identificármo-nos como eletrodomésticos? Eu cá estou a sentir-me aspirador, que isto de limpar asneiras alheias já é a minha especialidade.

E o melhor disto tudo? Temos os nossos governantes, que claramente resolveram todos os problemas reais do país – está tudo impecável! Já não há filas para consultas, a educação é de topo, o salário mínimo dá para viver como um príncipe (num conto de fadas, claro), e as estradas? Mais lisinhas que um tapete vermelho de Hollywood.

Então, o que falta resolver? A grande questão existencial: se a Joana, que ontem era João, afinal hoje se sente mais… flamingo. Vamos já parar o parlamento, porque discutir o estado das urgências ou a inflação é secundário quando comparado com a angústia de uma pessoa que se sente formiga.

E por falar nisso, vamos ser francos: o único género indefinido que existe é o dos bebés que ainda não foram gerados. Agora, depois de nasceres… olha, a ciência não se engana, mas parece que os ativistas descobriram que a biologia afinal é opcional.

Quem sabe, daqui a uns anos, até o Sol decide que se sente uma lanterna e a gravidade resolve identificar-se como “fluida”. Eu cá só queria que alguém explicasse a estas mentes brilhantes que “sentir-se” algo não muda a realidade. Se eu me sentir um Ferrari, continuarei a ser um gajo que apanha autocarros e não vou começar a andar a 300 km/h.

Mas claro, esta loucura vem de anos e anos a educar as pessoas a achar que o mundo é um parque de diversões, onde tudo é possível, basta acreditar! Pois, eu também acredito que o preço da gasolina vai baixar, e olha onde estou. No meio desta liberdade toda, os limites foram para o lixo e agora anda tudo a brincar aos faz de conta, enquanto o país arde (literalmente, já agora, porque de incêndios parece que também ninguém se lembra).

Resumindo, enquanto houver quem se preocupe mais com o género de quem hoje se acha hipopótamo e amanhã alface, eu cá vou continuar na minha, a rir-me desta comédia e a rezar para que os governantes acordem e percebam que temos coisas mais urgentes para resolver do que a crise existencial de quem quer ser pássaro mas ainda não comprou as asas.

Sancho Antunes
Homem