IR AO PSICÓLOGO PARA LEVANTAR QUESTÕES POLÍTICAS

MARIA JULIA HUMOR34

 

Confesso aqui que dá-me uma enorme vontade de pegar em mim e levar-me ao psicólogo. Mesmo à força! Isto para poder fazer perguntas sobre as promessas Autárquicas 2025, mais do que repetidas e requentadas, que se fazem em Coimbra. Fora de brincadeira, a sério que andam a brincar com os eleitores?

Podiam pedir-me para dar algumas ideias absurdas para Coimbra. Como por exemplo tornar Coimbra a capital dos grupos de música POP estrangeira; ou pedir apoios económicos aos EUA pelo Plano Marshall para comprar cartolas com a missão de colocar os cidadãos ma olharem para cima e não verem a cada vez maior ruína da Baixa de Coimbra.

E que tal esta: apregoar a construção de uma ponte que não está prevista...ou quiçá prometer uma estação orbital para quem necessita de casa em Coimbra?

Fora de brincadeira, a verdade é que o líder não precisa de defender a sua obra pois deveríamos todos ver o resultado da sua liderança. Só que não há líderes em Coimbra nestes últimos anos.

Erro apressado achar que, quando a crítica é destrutiva, o mal está no crítico e não na obra visada. Se ela não se presta à remodelação nem os atavios lhe lavam a cara, há que deitar abaixo para construir de novo, já que a fachada não se sustenta por si. É o que me parece, mas discute-se o argumento e nunca a obra, ou a falta dela, com o descaramento de ainda se pedir mais votos.

Vaidade é achar que apenas a inveja move o ódio ou a crítica e que ela confirma o “génio” do alvo. Que só o que é grande indigna e que os indignados são ressabiados ociosos.

Omissão é consentimento. Deixar de dizer que o rei vai nu é patrocinar o desfile. A Verdade não precisa de arautos para ser verdadeira, mas para ganhar terreno à mentira.

Cego é o que entende o amor a ela como despeito pelos feitos de grandes homens. Desonesto, entender a Verdade como julgamento ou ofensa e castigá-la socialmente, legando-a a uma subjetividade sempre discutível. Quando um eleito para presidente da Câmara de Coimbra entra na demagogia, rebaixa-se à posição de um gajo demasiado tonto para voltar a ter poder.

Não, nem sempre vive o que merece viver nem é a capacidade que os séquitos emulam. O mérito foi engolido pelo argumento de que a crítica é um mero ressabiamento da oposição numa NATURAL glorificação da mediocridade. Quando deixa de ser critério de reconhecimento e a qualidade se confunde pela aparência, há que expor o miolo da mentira.

Qualificar os críticos de haters é querer calá-los sem os ouvir. Suprimir o ódio dos sentimentos aceitáveis é viver amordaçado e narcotizado. Não conhece a paz quem não abraça o asco, último suspiro do sonhador, romantismo desolado do amador que não trocou a sensibilidade pelo entorpecimento das turbas.

Notem bem que quem odeia ainda não se tornou indiferente.

Talvez um dia haja uma massa crítica de haters que seja o adubo para o amor medrar. Até lá, é preciso lembrar que liderança não é estar em primeiro lugar nem à luz dos holofotes. Tão velha como o mundo é a adoração de falsos ídolos e a contrafação do valor.
É por isso que estas campanhas para as Autárquicas 2025 para se ser líder da Câmara de Coimbra é pura cantiga de maus vendedores que usam as mesmas tretas para enganar os eleitores (os seus e os dos outros).

Já agora, vão votar em quem?
Eu cá vou mesmo ao psicólogo pode ser que me dê uma dica.

 

Maria Júlia a caminho da cura.