NÃO VALE TUDO!

ROSARINHO PORTUGAL 13

 

Está mais do que na hora dos portugueses, não se calarem quando apoiam um candidato, votam e, muitas vezes, a desilusão instala-se, pois não está a cumprir com as promessas feitas em campanha eleitoral.

Por isso é importante votar, para podermos manifestar o desagrado, por não cumprir com o prometido; o agrado por cumprir ou o voto de confiança que, o candidato, vai mesmo cumprir com o prometido em campanha! Sem desculpas e verticalidade que exige a quem deu o seu voto de confiança.

O voto não é obrigatório, mas abster-se de o fazer é permitir que decidam por si.

Vejamos os deputados eleitos, quando chegam à Assembleia da República, depressa se esquecem de quem votou neles, na maioria das vezes. O círculo eleitoral pelo qual foram eleitos, fica na gaveta dos esquecidos. Então para que elegemos deputados? Será que são apenas para fazerem a vontade dos partidos? Pois temos que exigir, durante o mandato, que cumpram e que percebam que estamos atentos!

Para além disso, todos sabemos que a falta de descentralização do poder é um grave problema em Portugal.

Só reconhecemos os políticos que estão mais próximo da população, que são os das Autarquias. Presidentes de Juntas de Freguesia, deputados da Assembleia de Freguesia, presidente da Câmara, seus vereadores e até os deputados Municipais.

Há muito o hábito de votarmos para derrubar um presidente de Câmara, que não queremos mais. Foi esse o caso de Coimbra. Estávamos cansados do socialista Manuel Machado e toca a votar em massa na oposição.
Para reflexão geral, deixo a pergunta: Estamos melhor?
- Nem melhor, nem pior. De nada valeu, segundo o meu prisma.

Os partidos políticos não se esforçam por ganhar credibilidade. Já se confundem entre si, começa a parecer tudo igual, e agora foi a vez de percebermos que um movimento (dito independente de partidos) é apenas forma de atrair quem não acredita em siglas partidárias, mas não tem diferença dos partidos. Até porque há sempre um ou vários partidos atrás de um “movimento independente”. Nada de novo.

Necessitamos de um partido, movimento, ou qualquer outra forma política que apresente um programa inovador, adaptado às novas necessidades do século XXI e que saia das ideias que nunca resultaram na História do século XX. Algo que permita aproveitar as capacidades humanas e que não as comprima apenas na sua sobrevivência. Algo que não repita os erros do passado e que os corrija. Que seja transparente e entre em diálogo, sem arranjar desculpas para o erro, mas que corrija!

Na minha opinião, quem vive preso a um salário miserável e tem que lidar todos os dias com o stress da sua sobrevivência não pode colaborar com a sustentabilidade do planeta - por exemplo. A verdadeira política tem a obrigação de perceber que tudo está interligado e não se pode ver a parte sem se ver o todo.
Pelo contrário as políticas ambientais, de uma maneira geral, baseiam-se na obrigatoriedade em vez do cuidado com a formação das pessoas numa visão oposta ao todo em vez da parte.

Coimbra, como cidade universitária (conhecimento universal), tem a obrigação de dar esse exemplo ao país! Está a formar gente para dirigir o país, por isso a obrigatoriedade dos políticos locais fazerem diferente e darem exemplo. Desejo que cada formado, saia de Coimbra (os que tiverem de sair) a darem o exemplo da boa governação da cidade onde estudou. Que tenham muito orgulho por se terem formado em Coimbra! Por aí, também, teremos as boas campanhas de marketing de Coimbra.

Por essa razão, Coimbra precisa com urgência de um presidente da Câmara capaz! Infelizmente já há vários anos que não sabemos o que isso é.

Coimbra tem tudo para ser uma cidade de sucesso, mas o provincianismo há muito que está instalado. Parece mais uma aldeia com hipermercados, centros comerciais e tudo roda em volta da Universidade, fechada sobre si, e os Hospitais, a abarrotar de gente.

Não se aposta em Coimbra e por consequência no nosso país. Os privados pouco ou nada investem, pois ou estão presos a fazerem negócios com o Estado ou são tão pequenos que não aguentam a carga fiscal.
O mercado de trabalho, da forma herdada do século XX, está esgotado. Os nossos jovens, se querem futuro (diferente de desejarem mais formação), têm que deixar a sua cidade ou o seu país para sempre.

Grande parte das vezes os jovens partem e seus progenitores ficam sós. Daí, tanto Coimbra como o país, terem sido tornados espaços nacionais envelhecidos e se as coisas assim continuarem, a cada ano que passa, agrava e vai matando o país que deu mundos ao mundo!

Temos que ser mais exigentes! Não cumpre, não faz, não há transparência, basta de dar palmadinhas nas costas, basta de calar asneira e fechar os olhos como se “tudo fosse um mar de rosas por que o outro era pior!”

Queremos que a nossa bela Cidade se desenvolva, que atraia, que se destaque como um exemplo do País e não totalmente esquecida como tem estado.

Nós, cidadãos, é que somos Portugal! Está nas nossas mãos mudar!

Pensemos nisto, por favor, a um ano de eleições Autárquicas, vamos a ser exigentes. Esqueçam as “partidarites” e discursos que desculpam o não cumprimento com mais 4 anos para o fazer - isso é um engano! Quem não fez em 4, não fará em 8 anos!

É altura de exigir que se cumpra com o programa eleitoral, que deve ser sempre para 4 anos e não para 8, 12 anos ou, como sistema de ditadura, para toda a vida!

Rosário Portugal