QUE NÃO NOS FALTE A ESPERANÇA NESTE MUNDO VIRADO DO AVESSO!

Rosarinho Portugal24

 

O mundo anda virado do avesso. Guerras e mais guerras, milhares de inocentes mortos, por ganância e poder, sem respeitar nada nem ninguém. Assistimos horrorizados a autênticas chacinas.


Todas estas guerras contaminam o mundo inteiro, nas relações entre povos, numa economia com uma crescente inflação que acaba por atingir todos, dos mais ricos aos mais pobres, gerando mais pobreza e uma galopante injustiça.


Portugal, um pequeno País (grande no numero dos falantes de Português) sofre uma guerra diferente, sem explosões e sirenes, mas uma guerra que temos que travar, contra tanta corrupção, abuso de poderes anti-democráticos, que levam o País para uma morte lenta e onde o aumento de sacrifícios metem-nos cada vez mais medo.


Invocando o covid; as guerras e uma série de argumentos que não desculpam a carestia de vida, mas que está-se a tornar um problema demasiado grave. Idêntico a uma situação de guerra.


Há muita pobreza em Portugal. Segundo o jornal Expresso do dia 19/10/2023, os números oficiais apontavam para 10.773 pessoas sem-abrigo em Portugal, tendo aumentado em 4 anos 78% . Tudo isto durante um governo socialista, onde se esperava mais cuidados sociais!
Temos medo de adoecer e não ter a quem recorrer.


Como é possível Portugal ter um SNS, tão doente? Não encontro resposta, enterra-se dinheiro, mas que pelos vistos é mal gerido. 2023 fica marcado no campo da saúde pelo constante encerramento de Serviços de Urgência nos Hospitais espalhados pelo País. Virou um “salve-se quem puder”!


No entanto se pegarmos no Orçamento de Estado para 2023, constatamos que as transferências para o SNS seriam 12.297M€. Foi cumprido? Onde foi investido todo esse dinheiro se 2023 está pautado como um dos piores anos em serviços de saúde? Urgências constantemente encerradas, milhares sem médico de família, listas enormes de pessoas que necessitam de consultas, cirurgias e outros tratamentos.


Se pegarmos no Orçamento de Estado para 2023, para o SNS, estava prevista a transferência acima referida e ainda podemos ler: “… A retenção e motivação dos recursos humanos em saúde é basilar para o sucesso de todas as restantes medidas. Nesse sentido, serão implantadas em 2023 diversas ações que visam aumentar a satisfação dos profissionais de saúde…” Caricato, frente ao que temos assistido.


A Justiça continua lenta, os Processos arrastam-se nos Tribunais, pessoas que precisam de se defender, de recuperar o que lhes pertence, muitos são os que nada podem fazer, porque custas de Tribunal e honorários de Advogados, não é para a bolsa da maioria dos cidadãos. Este ano ainda ajudou mais, as diversas greves dos oficiais de justiça. Audiências adiadas, por falta de funcionários.


O problema da habitação! Grave, muito grave! A semana passada vimos imagens de tendas nas ruas da Capital. Rendas altíssimas, pela escassez de casas para arrendar. Os juros bancários para quem tem um empréstimo para habitação disparam de uma forma escandalosa. Quem está a pensar em comprar, tem que ponderar muito bem. A instabilidade assusta.


Considerando estes três exemplos os que mais preocupam as pessoas, na doença, na justiça e conseguirem pagar um teto que as abrigue! Isto é próprio de um País do 3º mundo. Mas a juntar a estes três direitos básicos e essenciais para qualquer mortal, há tantos outros.


Salário mínimo sobe para 820,00 € ! De que adianta? Questionemos pessoas que receberam esse vencimento durante este ano. Muito esforço e muitos cortes e o que mais preocupa, cortes essencialmente na alimentação. Não chega para a inflação que teima em subir. Este último trimestre já se sente, nova subida de preços. As artimanhas de determinados hipermercados de virar as lojas do avesso, tudo mal sinalizado para que o Cliente ande perdido e quem sabe, não compra mais qualquer coisa, mudar embalagens de marca branca e subirem preços e desapareceram algumas. A questão é: como vai ser em 2024?


Temos que estar muito atentos. A transparência nos preços dos produtos alimentares, deixa muito a desejar. Recentemente o Polígrafo, depois de uma denúncia em que a mesma garrafa de azeite tem uma diferença de 5 euros em dois espaços comerciais diferentes, não se tratando de promoção.


As empresas não conseguem suportar o custo de cada trabalhador, mesmo os que ganham o salário mínimo, que como já referido não é suficiente para uma vida digna, mas para as empresas o valor não são os 820,00€, é muito mais! Pensar baixar a TSU paga pelas empresas, nunca está em cima da mesa, nas negociações. O que podemos esperar? Mais obrigações, vão dar origem a serviços, a matéria prima mais cara. É lógico! Só não vê, quem não quer!


De nada adianta subir salários se a vida está cada vez mais cara. Esta subida do salário mínimo, é areia para os olhos. Precisamos de um nível de vida bem mais baixo para os salários praticados em Portugal. Licenciados e Mestres a receber 800,00€ e muitos a recibos verdes? Isto é qualidade de vida?
Esta crise política, ainda veio agravar mais a vida dos portugueses e pior, por questões que levam acreditar que mais uma vez a corrupção é o cancro de Portugal.


Enquanto há vida há esperança, mas os políticos, os partidos são cada vez menos credíveis. Vamos ter 4 meses em que promessas não vão faltar. E acreditar? Não é fácil, pois estamos escaldados.
Está na altura de cada português pensar bem, refletir sobre o seu voto. Identificar-se com os programas apresentados e mais tarde exigir que esses mesmos programas sejam respeitados.
Muitos dos descontentes, acreditam que votar nos extremos é a solução.


Será?


Votar nos moderados é não sair do mais do mesmo? Pois, não está fácil decidir.
Se queremos um Portugal bem melhor, há que não repetir erros e sermos responsáveis quando formos exercer o nosso dever: VOTAR!


E fica a questão: Votar em extremistas populistas, não é solução. Votar nos moderados, é o mais do mesmo. Temos em braços uma crise política e até Março temos que saber dar a volta. Como?


Fica a questão para os líderes partidários serem mais TRANSPARENTES! Fazerem com que todos nós possamos fazer parte da solução e não sermos vistos, apenas, como contribuintes!
De nada serve aumentar os impostos ou baixar, se não sabemos o que é feito com o dinheiro que à esmagadora maioria custa a ganhar!


Desejo que os governantes partilhem os problemas e as possíveis soluções que são pagas com o dinheiro de quem vive, cada vez mais, com o dinheiro contado!

 

Rosário Portugal