A CONCORRÊNCIA (SEGUNDO A ADMINISTRADORA DA TAP)
Há dois anos, quis marcar um voo na TAP para Zagreb, via Viena, por ser mais barato do que a ligação direta.
Antes de o fazer, resolvi comparar preços e acabei por optar pela Austrian Airlines que tinha o voo muito mais barato.
Entretanto, reparei que, apesar de ter efetuado a reserva na companhia austríaca, o voo entre Lisboa e Viena seria feito num avião da Tap (o mesmo tendo acontecido no voo de regresso).
Primeira moral da história: paguei menos, o dinheiro saiu do país e acabei a viajar na Tap (o voo entre Viena e Zagreb, em qualquer dos casos, era assegurado pela companhia aérea croata).
Como se tudo isto não fosse já ridículo (e aqui não se aplica o paleio para tótós da senhora que administra a TAP), o voo saiu de Lisboa com quase quatro horas de atraso e perdi a ligação em Viena (eu e mais uns quantos passageiros), pelo que fui hospedado num hotel, com direito a jantar e pequeno-almoço.
Regressado a Portugal, fiz a respectiva reclamação junto da Austrian Airlines, a quem tinha adquirido o bilhete, que, por sua vez, remeteu o processo para a TAP, uma vez que a viagem tinha sido assegurada por essa companhia.
Segunda moral da história: a TAP pagou-me o hotel, as refeições e ainda 400€ de indemnização (vezes 2 bilhetes, ou seja, 800€) e a Austrian Airlines ficou com o lucro.
Quer queiram quer não, não há volta a dar e os preços mais elevados nada têm a ver com a concorrência.
O que cada português lá mete, dava para irem todos (e voltar) a S. Francisco (EUA), partindo de Lisboa. Se quiserem apanhar o avião da TAP em Madrid, ainda dava para irem outra vez a S. Francisco e ainda sobravam uns trocos.
Fiquem bem, se conseguirem.
António Franco