ABRUNHOSA
Sempre gostei de ouvir Pedro Abrunhosa e considero como um dos bons intérpretes portugueses.
Acresce que sempre gostei de ouvir exprimir livremente a sua posição, revelando que é alguém culturalmente bem preparado.
Por fim, não esqueço que é alguém que, tal como eu, gosta muito da Académica. Só o facto de ser adepto da Académica, uma ímpar Instituição, num mundo em que, grande parte dos artistas, são do Benfica, do Porto ou do Sporting, revela por si só a minha enorme admiração.
Num concerto recente, Abrunhosa empolgou o público, ao condenar a invasão da Ucrânia pela Rússia, gritando um slogan contra a guerra, o que revela os seus valores e a defesa da liberdade de expressão em sintonia com a liberdade e a democracia.
A Embaixada da Federação reagiu de forma inadmissível, intolerável e ameaçadora. Já sabemos que a Rússia vive em ditadura e na Rússia, se alguém criticar o ditador Putin, vai para a prisão ou é internado num hospital psiquiátrico como no período soviético.
O comunicado da Embaixada Russa está recheado de disparates e barbaridades e esqueceu-se que, em Portugal, vivemos livremente e cada um é livre de exprimir livremente a sua opinião. A Embaixada Russa ao reagir desta forma ofendeu os nossos valores e só pode merecer o repúdio de todos os democratas, com excepção dum reduzido número de seguidores do PCP, partido que vive agarrado ao período soviético, que não têm medo das ameaças veladas russas.
Abrunhosa mostrou que é alguém que pensa livremente e marcou pontos e a Embaixador Russa mostrou como se vive em ditadura, equiparado ao regime Nazi que acabanou como sabemos, após matar milhões de judeus e europeus.
Não à guerra e à ditadura e viva a liberdade e a democracia!
João Castilho