Estive ausente.
Gozei em pleno o feriado. Dormi quase todo o dia em busca do sonho de Abril.
Pelo que fui ouvindo e vendo na TV, enquanto uns punham lenha na fogueira para reacender as esperanças, outros botavam água atemorizando as chamas do sonho.
Quase despertei ao ouvir chamar de salazaristas bafientos aos membros da actual geringonça que nos governa. Vindo de quem veio e como a manhã já ia a meio... não me admira. Nem com a falta de cravos na lapela do CDS, sem dúvida menos hipócritas que os do PSD de Passos Coelho.
Pelo canto do olho vislumbrei alguns dos capitães de Abril na assembleia, desarmados, mas presentes de novo. Sinal de bom augúrio.
Do Presidente, o que se esperava. Do da assembleia, gostei.
A homenagem a Salgueiro Maia, já vem tarde. Como tarde virá tudo o que de bom possa vir, para aqueles a quem a liberdade vinda da independência do trabalho foi negada estes últimos anos.
Estamos em época de sementeiras. Depois do resultado da última colheita, só com muita fé se vai acreditar na semente que dificilmente germinará.
Os transgénicos da Monsanto estão ávidos de terra fértil para a possuírem com a ajuda dos chulos que lhe dão cobertura...
Por cá só ficaram os filhos, nem as putas sobreviveram à crise!
José Eliseu