SERÁ CRENÇA NA INOCÊNCIA DOS ELEITORES?
A Líder do Bloco de Esquerda, Mariana Mortágua, no debate feito no início de Fevereiro deste ano de 2024, considerou os Bancos como “parasitas financeiros”.
Segundo palavras da Líder bloquista os “lucros astronómicos” da Banca não pararam de subir, causando graves problemas, “da riqueza que é produzida, dos salários que custam tanto a ganhar e que estão a ir na sua maioria para pagar créditos da habitação.”- Segundo as suas próprias palavras.
Na apresentação das propostas do programa de BE, com destino das passadas eleições legislativas de Março de 2024, afirmou que os três principais bancos portugueses registaram um lucro de 2.000 milhões de euros em 2023.
Referindo-se aos três Banco Privados, Santander (890 milhões de euros), Novo Banco (743 milhões de euros) e o Montepio que, apesar de uma queda de 16%, obteve os melhores resultados desde há muitos anos.
Atribuindo estes lucros apenas aos juros nos empréstimos à habitação. Não considerou as despesas de manutenção de contas, comissões, cartão de Débito, etc.etc..
No entanto, não podemos descurar quem tenha mudado de Banco por ter uma despesa que pode ultrapassar os 250,00€ por ano, isto para pessoas singulares com salários mínimos na casa dos 1000 e poucos euros.
“ A Caixa Geral de Depósitos, Banco Público apresentou 1000 milhões de euros de lucro, tem uma margem que lhe permite baixar os juros um, dois, três pontos percentuais e ao fazê-lo vai arrastar todo o mercado e é isso que devemos exigir ao Banco Público” referiu Mariana Mortágua.
Enquanto o BE fez parte do que se chamou “a geringonça” formado pelos partidos à Esquerda não seria expectável que o BE encabeçasse essa proposta?
Aliás, O Ponney já tinha publicado um artigo com o título “BANCO PÚBLICO IMPEDE DESENVOLVIMENTO DE PORTUGAL”, onde foi dado conta de enormes opções erradas tomadas pela gestão da CGD, não esquecendo que o Presidente do Conselho de Administração é sempre nomeado pelo Governo, alegando o nosso artigo que é o erário público que paga as despesas para manter a CGD como Instituição Pública - que nada tem de serviço público. Dadas as várias dependências bancárias que encerram pelo país, os preços pelos serviços ao cliente e pela obrigatoriedade de qualquer funcionário público abrir conta na CGD.
É importante, para vermos todo o cenário, relembrar as indemnizações na destituição de administradores sem justa causa, em que o governo teve que injetar dinheiro na CGD, mas, na altura talvez não fosse conveniente falar no assunto, pois, talvez, fosse entrar em conflito com os seus parceiros na Assembleia da República.
Outro ponto muito focado no programa do BE apresentado pela sua atual Líder, diz respeito à habitação. Referiu o que todos já sabemos: “ Tem de haver mais casas para viver”.
Outros pontos que constam no referido programa:
- Proibir a venda de casas a não residentes (exceções: portugueses residentes no estrangeiro, estrangeiros residentes em Portugal e imóveis em territórios de baixa densidade);
- Limitar o Alojamento Local;
- 25% da nova construção para habitação acessível;
- Fim imediato dos benefícios fiscais à especulação e a residentes não habitantes.
A Oposição política pergunta: “Por onde andou Mariana Mortágua nos últimos 4 anos?”
O Ponney, como não tem memória curta, lembra o caso do vereador do BE, Ricardo Robles sobre a especulação imobiliária, pois também ele, em 2018 durante a campanha autárquica, criticava “o carrossel de especulação imobiliária” na capital, enquanto fazia parte da especulação imobiliária.
Se a Comunicação social tem obrigação de defender a democracia, então é necessário que se conheçam as armadilhas argumentativas.
O Ponney cumpre a sua função de desmascarar a demagogia.
RP