O MENTOR DE CERTA ETNIA

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Fui a Vila Real, ontem.

A cidade, na zona do Palácio da Justiça, estava carregada de forças da Unidade Especial de Polícia da PSP e não só. Estava, também, um grupo de umas duas dúzias de pessoas, mais jovens do que velhos – o que não deixa de ter significado - de uma certa etnia, aquela que, e presentemente, por imposição dos defensores de uma nova malha social não querem que sejam identificados… Mas será que deixam de ser ciganos, por isso. A sua matriz devia ser orgulho de cada um e de todos.

O mentor da Associação Nacional e Social de Inclusão da Etnia Cigana, estava a ser presente a um Juíz, como arguido, a que se juntava mais uma dúzia de outros conhecidos e amigos, da mesma “casta”, que foram apanhados pela GNR da região, como responsáveis por tráfico de droga e mais outras coisas.

Sob a capa de ser o criativo dessa Associação que, e no dizer do seu mentor, pugna por inserir os ciganos no mercado de trabalho, o dito-cujo prestou-se a montar uma outra associação, mas de criminosos, entre eles o próprio, para passar drogas que, e como se sabe, espalham a maldição nos que a consomem e, ainda, a desgraça e a dor nas suas famílias, além de, para fazerem face ao preço das mesmas, praticam furtos, agridem e se entregam à prática de outro tipo de marginalidades.

O referido responsável por essa Associação, talvez tenha percebido que, gozando do facto de desempenhar essa função, poderia, aliás, como acontece na nossa sociedade, fragilizada pelas leis e, também, por não se ter despido dos contornos que, entre nós, dão imunidade a certas figuras que detêm poderes ou cargos de visibilidade, seria fácil passar drogas e estaria protegido pelo manto do seu estatuto.

A GNR, força que se pauta, no seu universo global, apesar de ser algumas vezes, assim como a PSP, alvo de criticas e de queixas – a certa gente e a determinados poderes convêm denegrir a autoridade do Estado e das suas Forças de Segurança – pelo cumprimento da Lei e da Grei, investigou e concluiu pelos ilícitos.

Mas é preciso que à GNR não lhe falte a coragem e muita determinação - nestes tempos em que certos grupelhos, sempre que lhes é permitido e lhes interessa agitar certa malta aproveitam para fazer arruaças nas ruas - para não baixar a guarda, não se deixando intimidar por gritos e manifestações que teimam no exercício do golpe da manipulação e da pressão social.

Ontem, à saída do Palácio da Justiça de Vila Real, por volta da 1 e pouco da tarde, o tal grupo de amigos e conhecidos do fundador da Associação Nacional e Social de Inclusão da Etnia Cigana e dos que com ele foram detidos, pós uma operação montada pela GNR, gritaram palavras que já todos conhecemos. “Fascistas” – o coro dos protestantes…

E fizeram-no para provocar as forças da ordem presentes no local e, ainda, para dar sinal ao Juíz. Pretendiam confrontos e, também, como é seu costume, mas em grupo, intimidar quem pode sentenciar os que, como este grupo, ganhando milhões ilegais, entrega, em troca de euros, a desgraça e a morte aos consumidores, os quais montam tristeza e dor nos seus lares e na sociedade portuguesa.

Os Mamadus da nossa praça, quais cães à espera da presa, espreitam as melhores ocasiões para vomitarem as suas frases e estabelecerem a confusão para dividirem e tentarem reinar. As democracias frágeis, como a nossa, tremem de medo. Como se os Mamadus tivessem algum peso… e fossem gente de bem.

António Barreiros