SOLUÇÕES DOS PARTIDOS MAIS PEQUENOS

SOLUCOES DOS PARTIDOS PEQUENOS2

 

Os partidos sem representação parlamentar apresentaram as suas ideias para as próximas eleições Legislativas. Da esquerda à direita, passando pelos mais centristas, houve críticas ao Governo e propostas alternativas às que os portugueses já encontram no Parlamento.

Assim O Ponney traz o resumo destes debates entre os partidos mais pequenos.

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Márcia Henriques, do RIR, realçou que o partido é o mesmo apesar da mudança de liderança e os “objetivos são os mesmos”. Disse esperar que sejam superados os resultados obtidos nas últimas eleições com a mudança de líder. Lembrou que as crianças que estão no ensino público “comem pior do que cães”.
Defendendo também que se aumente o "cúmulo jurídico", que só vai até 25 anos de pena. Advogada de profissão, a líder do RIR reiterou que a morosidade da justiça é um dos principais problemas em Portugal.

Realçou que faltam funcionários judiciais, procuradores e juízes. "Os tribunais não têm mão de obra suficiente para tramitar os processos", defendeu. Para o RIR, a prioridade na Assembleia da República, seria a redução da carga fiscal, destacou Márcia Henriques.

João Pinto, do PCTP/MRPP, lembrou a elevada abstenção. "Metade dos portugueses não vota", frisou, assinalando a situação na saúde e na educação. Considerou que a queda do Governo acabou por beneficiar o PS. João Pinto lembrou o "agravamento constante das condições de vida da maioria da população". Criticou ainda o posicionamento de Portugal nas duas guerras em curso, na Ucrânia e no Médio Oriente. Considerou que a guerra na Ucrânia é "uma guerra civil" e censurou o boicote ocidental à Rússia, que diz ser a causa principal do aumento da inflação.

Filipe Sousa, do JPP, admitiu que o principal objetivo do partido é eleger uma representação na Assembleia da República pelo círculo da Madeira com o objetivo de resolver os problemas da Região Autónoma. Sobre a questão da Madeira nas últimas semanas, Filipe Sousa assumiu "tristeza" com a "corrupção" na Região Autónoma e a "promiscuidade" entre o poder económico e político. Filipe Sousa destacou a importância de apoiar os imigrantes mas também os emigrantes e comunidades portuguesas. Filipe Sousa considerou que as autonomias regionais devem ser reforçadas, bem como a aposta no transporte em ferry ou mobilidade aérea para Açores e Madeira.


Bruno Fialho, do ADN, focou-se no problema da "desinformação jornalística" e criticou a ajuda de Portugal a países estrangeiros. Defendeu que o país deveria apostar em primeiro lugar na resolução dos problemas internos.Questionado sobre o "contrato eleitoral" que propõe, Bruno Fialho, do ADN defendeu a perda de subvenções ou até mesmo demissão de partidos e de candidatos que não cumpram o que prometeram no programa eleitoral.

Argumentou que os deputados não estão acima da lei e que a política já está sob a avaliação da justiça. A própria justiça terá de ser mais escrutinada porque "ninguém está acima da lei". Bruno Fialho, defendeu que a interrupção voluntária da gravidez não deve ser paga pelo Serviço Nacional de Saúde quando é feita por "opção". Criticou a "doutrinação" das crianças por parte de "extremistas" em temas como a ideologia de género ou a "fraude climática".

Nuno Afonso, da Alternativa 21, rejeitou que haja uma "confusão ideológica" na coligação que junta o MPT - Partido da Terra e Aliança. Com o objetivo de "limpar a direita", pretende ser alternativa para ser a direita "com quem se pode falar", lançando críticas ao Chega. Nuno Afonso considera que é necessária a intervenção do Estado na reestruturação e requalificação de edifícios.

Defende que o Estado deve atuar em três áreas principais (Segurança, Educação e Saúde) e que todas elas enfrentam dificuldades.

Nuno Afonso critica o "coletivismo muito grande na política" e a importância de ter "um cartão partidário".

Inês Bravo Figueiredo, do Volt, destacou a vertente europeia do partido. "Somos o mesmo partido em todos os países", vincou. "Estamos no centro moderado", respondeu, quando questionada sobre o posicionamento do partido em relação ao PS e PSD. Inês Bravo Figueiredo enfatizou a necessidade de valorizar os professores e reduzir o horário escolar. Criticou um "mercado de trabalho a dois ritmos", com críticas à precariedade e aos falsos recibos verdes. Por outro lado, defende que deve haver maior flexibilidade nas empresas, nomeadamente nos despedimentos, ainda que sem reduzir os apoios sociais.

José Pinto Coelho, do Ergue-te, disse acreditar que "muitos" portugueses "pensam como nós" mas não votam no partido. Culpou a "agonia" do "voto útil" e assumiu a vontade de mudança de regime. Nos 50 anos do 25 de Abril, vincou que "não há nada para celebrar". Também referiu que “os sindicatos são para acabar” e que “deve ser proibido o direito à greve”. José Pinto Coelho defendeu que haja retorno no investimento que é feito na formação de médicos. "Tem de haver algum retorno", argumentou. José Pinto Coelho, lembrou os problemas provocados pelas paralisações dos transportes e insistiu em chamar "Ponte Salazar" à ponte 25 de Abril.
José Coelho considerou prioritária a revogação da lei do aborto, da eutanásia e do casamento entre pessoas do mesmo sexo. Defendeu ainda restrições à imigração e à atribuição da nacionalidade portuguesa.

"A nacionalidade herda-se" e "nem mais um imigrante" foram algumas das expressões utilizadas. José Coelho, considerou que a justiça "transitou incólume" da ditadura para a democracia há 50 anos, tendo trazido consigo os vícios do passado. A única exceção foi Lucília Gago, que "decidiu prender os corruptos", argumentou.

 

Joaquim Rocha Afonso, do partido Nós Cidadãos, lamentou a realização de novas eleições ainda antes do fim da legislatura. "Este governo era suposto governar quatro anos", considerou ser “preguiçoso”. Denunciou, também a "promiscuidade no SNS" e defendeu que várias profissões, incluindo médicos e enfermeiros, deveriam oferecer melhores salários. Joaquim Rocha Afonso, criticou o facto do voto emigrante valer apenas "um décimo" do voto em território nacional. "Que igualdade é esta?", questionou. Nós Cidadãos, com Joaquim Rocha Afonso, levaria ao Parlamento o fim de institutos e dos "boys do PS e do PSD".


José Manuel Coelho, do Partido Trabalhista Português, falou dos momentos que protagonizou no passado como "sátiras" que permitiam chamar a atenção para os problemas na Madeira. Sobre o momento atual na Região Autónoma, diz que "caiu o ditador" mas "o sucessor caiu na corrupção".
Sobre a habitação, José Manuel Coelho, do Partido Trabalhista Português, considerou que o direito à habitação "deve ser gratuito" e que o IMI deve ser abolido.
João Pinto, do PCTP/MRPP, adiantou que acabaria com todos os impostos, exceto um imposto fortemente progressivo sobre a riqueza, criticando "25% de economia paralela".


Da Nova Direita, partido que se candidata pela primeira vez às eleições legislativas, Ossanda Líber enfatizou que já tentou mediar um acordo entre Luís Montenegro e André Ventura. Apelou a uma "frente de direita" para a governação do país e diz que pode ser uma "ponte" entre os "egos" dos líderes do PSD e do Chega. Também referiu que deseja “reduzir os funcionários públicos”, mas não fez contas a quanto custava essa redução.
Ossanda Líber, enfatizou a necessidade de dar mais apoio às empresas e que os vários apoios se pagam com a dinamização e diversificação da economia, bem como com o aumento da produtividade.

Defendeu ainda que é preciso reduzir o número de funcionários públicos na Administração Pública. Também Ossanda Líber defendeu que a escola serve para a aprender o "bê-a-bá" e não se deve substituir a autoridade dos pais. "Há partidos de esquerda infiltrados nas escolas", afirmou.

A candidata destacou o incentivo à natalidade como uma das principais medidas do partido e considerou que o país não pode depender excessivamente da imigração.

Ossanda Líber ripostou o apoio à imigração considerando que é uma "visão romântica" e que é preciso acolher "com decência" e com regras concretas. Voltou ao tema da imigração, enfatizando que a Nova Direita escolheria como prioridade instituir regras para receber imigrantes e dar mais incentivos à natalidade.

AG