VAMOS VOLTAR A TER CÁ A TROIKA?

VAMOS VOLTAR A TROIKA1

 

Com esta questão da demissão do Primeiro-ministro, António Costa, convém refrescarmos a memória sobre este tão precioso legado que conta com 26 anos.

Já por três vezes Portugal pediu ajuda ao Fundo Monetário Internacional de que fez parte na Troika.

A primeira vez foi em 1977 no Governo liderado por Mário Soares. Enfrentávamos uma taxa de desemprego de 7%, não muito diferente da atual, uma grande desvalorização do escudo, uma inflação de cerca de 20% e uma enorme instabilidade política pós-PREC.

A segunda vez ocorreu em 1983 durante o governo de emergência nacional, liderado por Mário Soares, para combater a grave situação económica e social que o País enfrentava, com o argumento de que essa crise era fruto do trágico “acidente de Camarate”, de que os portugueses desconhecem se foi realmente um assassinato ou um infeliz desastre. O que se sabe bem é que Adelino Amaro da Costa teria informações que iriam desencadear um escândalo económico, mas que entretanto foi abafado por interferir em muitos interesses.

A terceira e última vez, até ao momento, foi em 2011 no Governo liderado por José Sócrates, num momento em que já não havia dinheiro para pagar salários nem pensões; estávamos em plena bancarrota. Passos Coelho ficou com o ónus da intervenção da Troika, mas quem iniciou o empréstimo foi o Governo socialista então em funções, não foi Passos Coelho.

Um dos grandes erros que Passos Coelho cometeu foi o de não se ter dirigido aos portugueses para os informar do porquê e das suas consequências e por não ter iniciado um processo de transparência sobre o que se gasta ou investe com os dinheiros públicos.

Apesar destes erros apenas irá ser conhecido a sua ligação às medidas impopulares impostas pela Troika e José Sócrates como o difamado e inocente até prova em contrário. Mesmo as provas que implicavam o ex-Primeiro-ministro em casos de alegado abuso de poder e corrupção, nunca irão surgir porque tudo irá prescrever.

Há alguns políticos que defendem que os eleitos deverão ter penas mais pesadas em casos de clara evidencia de beneficio próprio e que prejudiquem o erário público.

No que se refere à Saúde, médicos e enfermeiros estão descontentes e revoltados; é bom que tenhamos seguros de saúde e dinheiro para podermos recorrer ao sector privado. É este o sistema de saúde para que caminhamos, apesar do aumento de impostos?

O mesmo se passa com os professores, descontentamento e revolta. São colocados a quilómetros de distância das suas residências, longe da família e com o ónus de terem de pagar alojamento extra.
Os oficiais de justiça estão a ser tratados de forma que algumas vezes, muitos têm que pagar do seu bolso despesas de material de escritório.

AG