Elegia
"Para longe,
se foi a minha amada,
não sei o caminho,
nem a estrada.”
I
Prostrado por que partiste,
impelida pelo Destino, saíste,
deixaste teu Amor que eu era,
forte a dor que me dilacera,
o coração frio, como a geada,
por longe ficar da sua amada.
II
Tristeza na alma destroçada,
cheia dum vazio, sem nada,
vive da nostalgia e da saudade;
obra do Destino, grande maldade.
III
Numa vida malograda,
por de seu Amor despojada,
a saudade desmesurada,
pelo vazio que ela tem,
não se deseja a ninguém
e o seu único bem,
guarda o Grande Amor da amada
até um dia ser encontrada!
Edgard Panão
.( in, Sonetos, a publicar )
Imagem retirada da net