SETEMBRO

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Setembro dourado de uvas,
e de sementeiras maduras!
Cantos ao longe, são escutados,
soleiras da porta adolescentes,
num futuro do olhar dormente,
quando sobes o rio e beijas a nascente...
Setembro de cachos como seios,
e prados de milho faceiros,
adormeces ao toque das trindades,
como as gentes do campo fatigadas!
Setembro de risos e canções,
mais pequeno nos dias, todavia, és
alegre e abundante em correrias!
Trazes no ventre, o frémito do calor,
deixa que te ampare na folia,
antes que venha a chuva e guarde
a tua trova, na gaveta da melancolia!


Cristina de Sá

02/ Setembro / 2021

(Imagem retirada da net)