O POMAR, DO JÚLIO

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O artista plástico Júlio Pomar finou-se, já com 92 anos.

Produziu uma obra, no seu conjunto, fantástica de todos os pontos se vista: estética, das cores, da criatividade, do ajuste dos traços, da beleza, da harmonia e da forma de transmitir a visão, a dele, das coisas...de tantas coisas, as da natureza, as das pessoas e outras.

Pertenceu à 3.a geração dos pintores modernistas.

Afirmou-se na pintura, no desenho, na cerâmica e na gravura.

Destaque para, diz quem sabe, o domínio tridimensional.

Foi um neorrealista.

Tem trabalhos de uma qualidade que a crítica exalta.

Reconhecido homem de esquerda, soube confinar-se a um canto sem alardes, antes a sua projectada obra tinha contornos de intervenção...

Os seus trabalhos constituem - diria, eu - um pomar, do Júlio.

Perdendo mais um vulto português, estamos todos mais pobres.

Curvo-me perante a excelência da sua presença terrena.

Que descanse no lugar onde possa rever a sua obra.

Imagem - Retirada da net

António Barreiros