"Projeto Coimbra Metroplex" I

ADRIANO32

 

Como é do conhecimento de muitos ou, se calhar, de apenas alguns, um 'triângulo escaleno' é um polígono com diferentes medidas e três ângulos diferentes... e chegámos ao epicentro desta metrópole, que mais parece a antítese de uma 'metroplex' em relação a quase todos os concelhos envolventes, dentro e fora do distrito, aqui desencadeados de uma forma estruturada pela minha pessoa, também em nome da minha associação da qual sou co-fundador: Associação Para o Apoio ao Empreendedorismo na Margem Esquerda (do concelho de Coimbra), cujo presidente José Gomes também comporta em si uma visão altamente empreendedora para o nosso concelho, porque também é Filho desta grande terra: COIMBRA.

Coimbra não é uma cidade enfiada entre duas grandes áreas metropolitanas, onde apenas se apregoa: "A Cidade dos Estudantes!!" É muito mais do que isso, a grande história de Coimbra confirma-o e irei desencadea-la 'grão a grão' ao longo de onze artigos, com finalização no vigésimo sétimo.

O porto marítimo da Figueira da Foz é a melhor solução logística para a criação da área metropolitana de Coimbra, pela simples razão, que temos de ter necessariamente uma visão atlântica para o efeito.

Exemplos máximos disso no nosso país: a Grande Lisboa e o Grande Porto!!

E que dizer da União das Freguesias de Antuzede e Vil de Matos, aquela união adormecida que deveria despertar para a criação de indústrias transformadoras, cujas vias rodoviárias favorecem-na no seu meio geográfico em direção à Figueira da Foz e em relação ao interior centro do nosso país e sentidos sul-norte: a A14, o IP3 e a A1. Deveria-se fazer um levantamento exaustivo do espaço físico a desbravar nesta união, sobretudo entre as povoações de Póvoa e Mourelos / Rios Frios, num único sentido: o da criação de um novo "Parque Industrial Vil-Antuzede" polivalente, virado sobretudo para o mercado externo, do tipo 70% por 30% (interno).

Continuando, já bem na rota do 'polígono' fragmentado, encontramos a União das Freguesias de Torre de Vilela e Trouxemil, que detêm 10,56 Km2. de área conjunta para uma densidade populacional de 374 habitantes por km2., o dobro da densidade populacional existente na U.F. Antuzede/Vil de Matos, contrastando com os seus 17,63 Km2. . Torre de Vilela e Trouxemil são mediadas pelo IC2, IP3 e pela N336 e são detentoras de algumas indústrias transformadoras relevantes, nomeadamente a Alcoleos - Óleos de Alcarranques, S.A.; a Coelho & Cortesão - Automação Industrial, Lda.; a Cozicentro - Indústria e Comércio de Mobiliário, Lda.; a JC Gomes & Filhos - Caixilharia e Construção Metálica, Lda.; a MW77 - Metalomecânica de Precisão, Unipessoal, Lda.; a Perficonfort Alumínios, Lda.; a Mármores e Granitos Cortez, Lda. e a CN Centro - Soluções Industriais, Unipessoal, S.A.; só para citar apenas algumas em relação a esta união. Estas localidades de Trouxemil e de Torre de Vilela terão que ser bem 'espremidas', falando em termos corretivos, para uma reorganização construtiva na continuidade Industrial dita 'polivalente' no sentido "Coimbra-Norte/Figueira da Foz"; por outras palavras, é aqui neste espaço físico geográfico que o 'desdito' polígono se encontra mais fraturado e, por incrível que pareça, não o será na União das Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades.

Explicarei adequadamente esta minha percepção perspetivada no artigo seguinte. Obviamente, que a União das Freguesias de Souselas e Botão funcionarão em termos estratégicos como um 'peso pesado', desde o seu eixo central até junto da ponta cimeira deste 'triângulo', agarrando a Figueira da Foz e esticando-se para as Regiões do Dão, Douro, Minho e sobretudo para o leste, ou seja, Espanha adentro... funcionará como um entroncamento Industrial importante em termos de bússola do tempo/oportunidade; depois esmiuçarei melhor.

Por isso, é que também será necessário cimentar adequadamente as fissuras existentes na União das Freguesias de Trouxemil e Torre de Vilela, para todo este procedimento. Já a freguesia de Brasfemes completará a extremidade do meio geográfico deste polígono conjugando-a industrialmente com a U.F. de Souselas e Botão. É a única forma de esta freguesia ter um sentido industrial coadjuvante, por inerência.

Em relação à União das Freguesias de Eiras e São Paulo de Frades na base central deste triângulo escaleno industrial, a norte do nosso concelho, lá iremos no próximo artigo. Porque, o que aqui realmente está em causa equacionar é o seguinte, que toca a todos nós conimbricenses: Como transformar ou levantar os valores de quotas de mercado de Coimbra (concelho) em função da sua população residente no que concerne aos sectores de actividade: "Indústrias Transformadoras = 0,4% e "Indústrias Extrativas" = 0,1%?!! Muito abaixo da Quota de Mercado Natural.
Até à próxima semana,

 

Adriano Ferreira
Pós-graduado e Conselheiro Autárquico para o Desenvolvimento de Coimbra.