A QUESTÃO DA HABITAÇÃO EM PORTUGAL

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Assistimos a manifestações públicas sobre o direito à habitação em Lisboa, Porto e Coimbra. O direito a ter uma habitação é um dos direitos básicos do ser humano na medida a preservar a sua dignidade.

Em Portugal a subida de preços de compra e arrendamento têm subido em flecha.

No caso do arrendamento o site idealista faz um relatório (Setembro de 2023) para os preços de habitação em Portugal por Distritos (link: https://www.idealista.pt/media/relatorios-preco-habitacao/arrendamento/report/ )

Neste relatório podemos ver que o valor de arrendamento trimestral varia consoante o distrito.

Temos que o Distrito que teve a maior subida trimestral foi Aveiro com +20,6 % e onde o preço por metro quadrado é de 10 euros. No seu ponto oposto temos a maior baixa no preço de arrendamento em Santarém onde a variação trimestral é de - 0,6 % e o preço por metro quadrado é de 7 euros.
O distrito de Lisboa tem o preço para arrendamento mais caro por metro quadrado mais caro de Portugal com 19,2 euros e com uma variação trimestral de + 6,1 % com tendência a subir.

O segundo distrito onde o preço de arrendamento por metro quadrado é mais alto é no Porto onde o preço é de 14,7 euros, mas com uma variação trimestral de + 10,1 % com tendência a aumentar.

O terceiro distrito com o preço por metro quadrado mais alto é o de Faro com 13,6 euros e com uma variação trimestral de + 6,1 % igual à variação do distrito de Lisboa.

O distrito de Coimbra tem um preço médio de arrendamento por metro quadrado de 9,8 euros, mas com uma variação trimestral superior ao distrito de Lisboa de + 6,8 %.
Considerando as infrestruturas de Lisboa ou do Porto, o distrito de Coimbra apresenta valores demasiado altos.

No ponto oposto, no arrendamento mais baixo, por metro quadrado, encontra-se em primeiro lugar o distrito de Vila Real onde o preço é de 6,2 euros por metro quadrado e a variação trimestral é de - 0,4 % com tendência para baixar. O que prova ser o melhor Distrito para se viver se o critério for o direito à habitação.

Ainda temos o distrito de Portalegre com preço de arrendamento por metro quadrado de 6,2 euros, mas com uma variação trimestral de + 0,4 % o que permite investimento.

O terceiro distrito mais barato no arrendamento por metro quadrado é Castelo Branco com um preço de 6,8 euros e com uma variação trimestral de + 7,7 % o que o torna num distrito para investir o mais rápido.

O preço por metro quadrado mais baixo, lembramos que é o distrito de Vila Real onde o preço é de 6,2 euros por metro quadrado e a variação trimestral é de - 0,4 % com tendência para baixar representando quase um terço do preço praticado pelo distrito de Lisboa de 19,2 euros (por metro quadrado) e com uma variação trimestral de + 6,1 % com tendência a subir.

É neste ponto que os decisores e os partidos políticos com assento parlamentar não discutem, perante a possibilidade de não haver casas a preços baixos, mas apenas em Lisboa. Dado que no resto do país as escolas, centros de saúde, tribunais, dependências bancárias e de Correios fecham e vão continuar a fechar. Este é o ponto onde os partidos políticos devem ter mais coragem e, mesmo que custe os votos das metrópoles, devem defender um país mais largo do que Lisboa e Porto.

Por outro lado os altos juros da banca devem baixar para que o preço do dinheiro não torne impossível o arrendamento ou a compra aos residentes em Portugal, mas essa iniciativa deve ser dada pelo banco do Estado que arrecada os maiores lucros - a caixa Geral de Depósitos.

A terceira questão é a remuneração dos trabalhadores em Portugal onde quase metade da população ativa ganha menos de 800 euros mensais e esta questão tem que ver com a nossa capacidade de exportar. Coisa que não é bem vista por Estados que asfixiam a iniciativa privada - tornando o estado um dos maiores empregadores que vivem de altos impostos.

Por isso só se resolve o problema da habitação, de maneira séria, quando resolvemos o problema da desertificação de Portugal, as taxas do banco do Estado e incentivar a iniciativa privada a exportar ajudando as empresas.

Para cada um de nós refletir.

JG