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Um tribunal europeu qualquer decretou que chamar pedófilo a Maomé é crime, não por este não ser pedófilo, o que constituiria crime de “difamação,” mas por tal acusação criar perigo de retaliação e ser, portanto, um crime de “incitação à violência.” Quer dizer, a posição do dito tribunal é a de que os muçulmanos, ofendidos, são bem capazes de responder com violência a essa acusação. Nisto, o tribunal deu provas de realismo e de bom senso, e mostrou saber “com quantos paus se faz uma canoa.”
Pela nossa parte deveríamos saber ler estas coisas, sinais do quotidiano que nos rodeia, e que são infinitamente mais importantes para o futuro dos nossos filhos do que a performance do treinador do Sporting. Mas quem é que hoje lê, como celebremente perguntou uma vez Steve Jobs? Ninguém.
A Bertrand tem as prateleiras cheias de livros, mas todos são do Zimler.
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José Costa Pinto