No Vaticano, o Advogado do Diabo tem a ajuda de um padre português

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Miguel de Salis Amaral é consultor do Advogado do Diabo, aquele a quem cabe procurar falhas nos processos dos comuns que ainda em vida desenvolvem uma relação "especial" com Deus, uma amizade revestida de devoção e que, além do lugar no céu, lhes pode valer um lugar no altar.

Há muitos santos nos altares, e outros tantos aspirantes numa fila de espera que envolve grande burocracia e estudo — processos que só podem ser montados cinco anos após a morte do “candidato a santo”, salvo indicação direta do Santo Padre. Miguel de Salis Amaral é padre, vive em Roma e dá aulas de Teologia na Universidade Pontifícia da Santa Cruz, e é consultor teólogo do Promotor da Fé, no Vaticano. Ou seja, ajuda a analisar os processos de quem pode vir a ser beatificado e canonizado.

Feitas as apresentações, é preciso perceber quem é este português e como chegou ao Vaticano — um engenheiro de formação e padre por vocação. Quanto à decisão do sacerdócio, compara-a ao salto para uma piscina: “primeiro é preciso ver se tem água”,